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Mudança climática representa desafio para saúde e produtividade dos oceanos

quarta, 17 de junho de 2015 �s 15h06
O Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação é comemorado nesta quarta-feira, 17 de junho. E para lembrar a data o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) divulgou uma pesquisa que mostra que 16% do território nacional estão suscetíveis à desertificação.

O Estudo sobre o Estado da Arte da Desertificação, Degradação das Terras e Seca no Semiárido Brasileiro foi desenvolvido para subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização sobre o problema, que atinge 42% das terras do planeta e 35% da população mundial. As consequências desse processo climático, agravado pela interferência humana, vão desde a diminuição da fertilidade dos solos à redução da disponibilidade hídrica. A desertificação pode transformar grandes áreas, antes produtivas, em desertos e colocar em risco a vida nessas regiões.

Situação brasileira

O pesquisador Antônio Magalhães, do CGEE, explica que medidas precisam ser tomadas para evitar que a situação brasileira se agrave. Segundo ele, ainda é registrado aumento na pressão das atividades humanas na região do semiárido - como a produção de lenha para energia, carvão, desmatamentos para vários fins, entre outras.

“A preocupação com a sustentabilidade precisa ser internalizada nessas regiões. O enfrentamento da seca inclui a questão cultural, uma mudança de comportamento de todos que têm o poder de interferir no meio ambiente. Esse comportamento é influenciado pelo interesse econômico de curto prazo. Cortar as árvores para vender a madeira dá lucro no curto prazo, por exemplo, embora a longo prazo dê prejuízo porque pode inviabilizar toda uma área.”

Experiência

Magalhães explica que ao longo de mais de 100 anos, o Brasil ganhou experiência no enfrentamento à seca e desenvolveu tecnologias capazes de mitigar os impactos nas regiões vulneráveis, concentradas nos estados da Região Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do estado do Espírito Santo. Para ele, chegou a hora de o governo brasileiro colocar esse conhecimento em prática.

“Há boas iniciativas, como as da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), há muitas coisas boas sendo feitas que não se transformam em implementação. O problema exige políticas públicas de curto, médio e longo prazo, que envolvam tanto esse lado de mudança cultural, por meio da educação, quanto medidas punitivas, como por exemplo a inviabilidade de crédito bancário para quem não adota as melhores práticas.”

Combate à pobreza

Magalhães destaca que sempre que enfrenta a seca, o Brasil também está investindo no combate à pobreza, pois o semiárido concentra 85% da pobreza do país. “Essas duas coisas são muito interrelacionadas”, diz o especialista. Ele conta que as populações pobres são as que mais sofrem as consequências da seca porque têm menos saída para o problema. “Uma família rica pode se mudar, pode trazer alimentos de fora, pode enfrentar a situação. Os pobres não têm alternativa.”

Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/meio-ambiente-e-tecnologia

 

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